quarta-feira, 15 de abril de 2015

Romantismo

 Introdução ao Romantismo 
O Romantismo, no brasil, foi um período inicialmente de apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma a visão dos e sonhos. Daí a rebeldia dos poetas do mal-do-século.Esse desejo de fugir da realidade manifesta-se em atitudes como o desejo de morrer, o culto a solidão, a evasão no espaço e no tempo.O poeta tem maior liberdade formal em busca da musicalidade) , as comparações , metáforas e adjetivação são constantes para dar vazão a fantasia, as redondilhas são costumeiras tanto a menor como a maior, a natureza passa a integrar-se a história do ser humano que não é apenas bondade mas também é maldade..A mulher é sempre idealizada e inacessível , virgem , angelical ou até mesmo sensual, o amor em sua grandeza algumas vezes em forma paixão.
O romantismo retrata as emoções mais profundas e os sentimentos são expressos através do poeta (autor) que expõe de tal forma a simbolizar o que sente de maneira bela e melancólica muitas vezes. A subjetividade e a emoção do eu ( autor) são marcas do romantismo. Que foi de suma importância para a crescimento da literatura brasileira.

1ª Geração - conhecida também como nacionalista ou indianista, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil.
 o mundo centrada no indivíduo .
Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos .Para os românticos, o mundo real é sempre uma frustração de seus idealismo
2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultra-romântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda jovens.
3ª Geração - conhecida como geração condoreira, poesia social ou hugoana. textos marcados por crítica social. Castro Alves, o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no poema Navio Negreiro.
Contexto Hístorico
1° geração
O livro Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães (1811-1882), publicado em 1836, é tido como marco fundador do Romantismo no Brasil. Em torno e sob liderança de Magalhães, um grupo de homens públicos e letrados articulou as primeiras manifestações do Romantismo no Brasil, num momento caracterizado pela tentativa de definição de uma identidade nacional.
O fervor patriótico do grupo, integrado por Martins Pena (1815-1848), Francisco Adolfo Varnhagen (1816-1878) e João Manuel Pereira da Silva (1817-1895), entre outros, manifestou-se inicialmente por meio da imprensa. O primeiro veículo de divulgação consciente do ideário romântico foi a revista Niterói, que teve entre seus colaboradores Gonçalves de Magalhães, Manuel de Araújo Porto-Alegre (1806-1879), Francisco Sales Torres-Homem (1812-1876) e C. M. de Azeredo Coutinho. No período, destaca-se também a revista Guanabara, dirigida por Porto-Alegre, Gonçalves Dias (1823-1864) e Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882).
Foi à poesia, porém, que coube o papel de consolidação do Romantismo no país. Mais especificamente a Gonçalves Dias, poeta mais representativo da primeira geração do movimento. Em poemas de temática indianista, como I- Juca Pirama, ou patriótica, como Canção do Exílio, ele empregou temas caros aos autores românticos, como saudade, melancolia e natureza.
 2° geração
A segunda geração do Romantismo tem seus traços mais facilmente identificáveis no campo da poesia e seu marco inicial é dado pela publicação da poesia de Álvares de Azevedo (1831 - 1852), em 1853. Em vez do índio, da natureza e da pátria, ganham ênfase a angústia, o sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila entre a sensualidade e a idealização, entre outros temas de grande carga subjetiva. Exemplares desse período são as obras de Fagundes Varela (1841 - 1875), Casimiro de Abreu (1839 - 1860) e Álvares de Azevedo (1831 - 1852).
Em 1856, com a polêmica em torno no poema A Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães (1811 - 1882), ganha expressão a figura de José de Alencar (1829 - 1877), o mais importante prosador do Romantismo brasileiro. Nas objeções que faz a Magalhães, Alencar manifesta sua posição a respeito das correntes nacionalistas e delineia o programa de literatura indianista que seguiria nos anos seguintes. As premissas de O Guarani (1857), Os Filhos de Tupã (1863), Iracema (1865) e Ubirajara (1874) estão formuladas nos artigos escritos a propósito da polêmica.

3 ° geração
As ideias liberais, abolicionistas e republicanas formam a base do pensamento brasileiro no período de 1870 a 1890. Influenciados por Auguste Comte (1798-1857), Charles Darwin (1809-1882) e outros pensadores europeus, escritores como Tobias Barreto (1839-1889), Sílvio Romero (1851-1914) e Capistrano de Abreu (1853-1927) empenham-se na luta contra a monarquia. Ao lado deles, Joaquim Nabuco (1849-1910), Rui Barbosa (1849-1923) e Castro Alves (1847-1871) também se destacam na divulgação do novo ideário.
O engajamento em questões da realidade social e a oposição ao governo central tornam-se incompatíveis com o subjetivismo e o patriotismo, até então dominantes. Uma nova polêmica envolvendo José de Alencar (1829-1877) é indicativa dos rumos que o movimento romântico toma nesse período. Ocorrida em 1871, a discussão foi iniciada pelo jovem romancista cearense Franklin Távora (1842-1888), que acusava Alencar de excesso de idealismo e pouco conhecimento empírico da realidade que retratava. A polêmica repercutiria sobre textos teóricos do próprio Alencar e também de Machado de Assis (1839-1908).

Características
O romantismo  dividido em três gerações:
1º Geração — As características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo,
o subjetivismo, o sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito
de outro. Também destacam-se o nacionalismo, presente da colectânea de textos e
documentos de caráter fundacional e que remetam para o nascimento de uma nação, fato
atribuído à época medieval, a idealização do mundo e da mulher e a depressão por essa
mesma idealização não se materializar, assim como a fuga da realidade e o escapismo. A
mulher era uma musa, ela era amada e desejada mas não era tocada.
Idealização:
Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de suas características. Dessa forma, a mulher é vista como uma virgem frágil, o índio é visto como herói nacional e a noção de pátria também é idealizada.
 Natureza interagindo com o eu lírico:
 A natureza, no Romantismo, expressa aquilo que o eu-lírico está sentindo no momento
narrado. A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de
passagens, à tempestades, ou dias de muito sol. Diferentemente do Arcadismo, por exemplo,
que a natureza é mera paisagem. No Romantismo, a natureza interage com o eu-lírico.A
natureza funciona quase como a expressão mais pura do estado de espírito do poeta.
 Indianismo:
É o medievalismo "adaptado" ao Brasil. Como os brasileiros não tinham um cavaleiro para
idealizar, os escritores adotaram o índio como o ícone para a origem nacional e o colocam
como um herói. O indianismo resgatava o ideal do "bom selvagem" (Jean-Jacques Rousseau),
segundo o qual a sociedade corrompe o homem e o homem perfeito seria o índio, que não
tinha nenhum contato com a sociedade européia.

 2º Geração — Eventualmente também serão notados o pessimismo e um certo gosto

pela morte, religiosidade e naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade não era
atingida.
Sentimentalismo exacerbado:
 Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola
literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a
desilusão. Os poemas expressam o sentimento do poeta, suas emoções e são como o relato
sobre uma vida.
Egocentrismo:
Como o nome já diz, é a colocação do ego no centro de tudo. Vários artistas românticos
colocam, em seus poemas e textos, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os na
obra. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um subjetivismo exagerado.
 Byronismo:
 Inspirado na vida e na obra de Lord Byron, poeta inglês. Estilo de vida boêmio, voltado para
vícios, bebida, fumo , podendo estar representado no personagem ou na própria vida do autor
romântico. O byronismo é caracterizado pelo narcisismo, pelo egocentrismo, pelo pessimismo,
pela angústia.
3º Geração — Seria a fase de transição para outra corrente literária, o realismo, a qual
denuncia os vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de forma enfatizada e ironica
(vide Eça de Queirós), com o intuito de pôr a descoberto realidades desconhecidas que
revelam fragilidades. A mulher era idealizada e acessível.
 Poesia de fundo social:
 Defensora da República e do Abolicionismo. Além disso, os versos desse período estão voltados para os pobres, marginalizados e negros escravos.
 Tom discursivo:
 A poesia dessa época recusa o lamento introspectivo e individualista da geração que a precede. Fala dos homens e para os homens. Quer ser ouvida e, por isso, alcança as praças, os lugares públicos, as multidões. Quer convencer o outro e, para tanto, não economiza retórica e eloquência. Foi por isso chamada “poesia de comício”.
 A idealização deixa de existir:
 A mulher deixa de ser idealizada para ser apresentada de forma concreta, tocável. A relação entre os amantes, em negação ao amor platônico das gerações anteriores, acontece de fato e a atmosfera casta e divina na qual a mulher é envolvida nas gerações passadas é substituída por uma atmosfera de sensualidade e erotismo. Dessa forma, a mulher passa a ser vista, como ser carnal que é, em suas virtudes e pecados.
 
Autores e Obras

1° Geração




Gonçalves de Magalhães nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de agosto de 1811, e faleceu em Roma, Itália, em 10 de junho de 1882. É o patrono da Cadeira n. 9, por escolha do fundador Carlos Magalhães de Azeredo.
Era filho de Pedro Gonçalves de Magalhães Chaves, não registrando os biógrafos o nome de sua mãe. Nada se sabe dos estudos preparatórios que precederam o seu ingresso, em 1828, no curso de Medicina, em que se diplomou em 1832. Concomitantemente, tornara-se amigo de Monte Alverne, a cujas aulas de Filosofia assistiu, sofrendo a sua influência. Em 1832 publicou as Poesias e, no ano seguinte, parte para a Europa com a intenção de aperfeiçoar-se em medicina. Em 1836, lançou em Paris um manifesto do Romantismo, Discurso sobre a literatura no Brasil. De parceria com Araújo Porto-Alegre e Torres Homem, lançou a revista Niterói e editou, em Paris, o seu livro Suspiros poéticos e saudades, considerado o iniciador do Romantismo no Brasil. Introduziu ali seus principais temas poéticos Deus e a Natureza, o poeta e sua missão reformadora, a evocação da infância, a meditação sobre a morte, o sentimento patriótico, a poesia tumular e das ruínas. De retorno ao Brasil em 1837, foi aclamado chefe da "nova escola", volta-se para o teatro (que então se renovava com a produção de Martins Pena e os desempenhos de João Caetano), escrevendo duas tragédias, Antônio José ou o poeta e a Inquisição (1838) e Olgiato (1839). Nomeado professor de Filosofia do Colégio Pedro II, em 1838, ensinou por muito pouco tempo.
Obra
Suspiros Poéticos e Saudades

. São poesias de um peregrino, variadas como as cenas da Natureza, diversas como as fases da vida, mas que se harmonizam pela unidade do pensamento, e se ligam como os anéis de uma cadeia; poesias d'alma, e do coração, e que só pela alma e o coração devem ser julgadas.
   
 Gonçalves Dias (1823-1864) foi poeta e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da geração romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É lembrado como um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras.
Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu nos arredores de Caxias, no Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça. Iniciou seus estudos no Maranhão e ainda jovem viaja para Portugal. Em 1838 ingressa no Colégio das Artes em Coimbra, onde conclui o curso secundário. Em 1940 ingressa na Universidade de Direito de Coimbra, onde tem contato com escritores do romantismo português, entre eles, Almeida Garret, Alexandre Herculano e Feliciano de Castilho. Ainda em Coimbra, em 1843, escreve seu famoso poema "Canção do Exílio", onde expressa o sentimento da solidão e do exílio.
Obra
 Canção do exílio
 Pequeno trecho da obra:
 “Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá...``
 2° Geração

Filho de Inácio Manuel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo, em 1847, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde, desde logo, ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.
Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); fez parte da Sociedade Epicureia; e iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.
Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 21 anos.
SUA PRINCIPAL OBRA:
“Se eu morresse amanhã``
Pequeno trecho da obra:
“Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!...``
3º Geração
Antônio Frederico de Castro Alves, poeta, nasceu em Muritiba, BA, em 14 de março de 1847, e faleceu em Salvador, BA, em 6 de julho de 1871. É o patrono da Cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Valentim Magalhães.
Era filho do médico Antônio José Alves, mais tarde professor na Faculdade de Medicina de Salvador, e de Clélia Brasília da Silva Castro, falecida quando o poeta tinha 12 anos. Por volta de 1853, ao mudar-se com a família para a capital, estudou no colégio de Abílio César Borges, futuro barão de Macaúbas, onde foi colega de Rui Barbosa, demonstrando vocação apaixonada e precoce para a poesia. Mudou-se em 1862 para o Recife, onde concluiu os preparatórios e, depois de duas vezes reprovado, matriculou-se na Faculdade de Direito em 1864. Cursou o 1º ano em 65, na mesma turma que Tobias Barreto. Logo integrado na vida literária acadêmica e admirado graças aos seus versos, cuidou mais deles e dos amores que dos estudos. Em 66, perdeu o pai e, pouco depois, iniciou a apaixonada ligação amorosa com Eugênia Câmara, que desempenhou importante papel em sua lírica e em sua vida.
                                                     Obra
AS DUAS FLORES

São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo,no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!
Conclusão
O Romantismo foi uma parte muito importante da literatura,
tanto é que foi dividida em três partes, ou gerações.
   Ele foi um movimento artístico e filosófico que surgiu no fim do século XVIII na Europa e perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Linguagem - Língua - Fala

LINGUAGEM - LÍNGUA - FALA

Linguagem        
       A linguagem é o resultado da capacidade comunicativa dos seres. É um instrumento que o emissor utiliza para transmitir mensagens. Existem vários tipos de linguagem:
Linguagem mímica
       É a linguagem dos gestos, a expressão facial e corporal.
Linguagem cromática ou das cores
      Observando-se uma pintura em que sobressaem cores claras e brilhantes, experimenta-se uma sensação diferente da despertada por um quadro predominantemente escuro e opaco. Tais diferenças no sentir são provocadas pela linguagem cromática.
Linguagem plástica ou das formas
      Olhando-se, atentamente, para uma escultura ou uma obra arquitetônica, observa-se que as formas longas, finas ou estreitas despertam, no observador, sensações diferentes daquelas provocadas por formas curtas, grossas ou largas.
Linguagem musical ou dos sons e ritmos
       O ato de ouvir uma música de tom predominantemente alto e ritmo acelerado certamente envolverá o ouvinte com sensações diversas daquelas provocadas por outra música em tom baixo e ritmo lento. As cantigas de ninar, por exemplo, produzem efeitos bem diferentes das músicas de carnaval.
Linguagem falada
                 É produzida pela articulação de sons humanos.
Linguagem escrita
                    É realizada pela articulação dos sím bolos gráficos, chamados letras e ideogramas.
Linguagem iconográfica
                 É a arte de representar por meio da imagem (desenho, foto e outros]. Na Literatura, usa-se o desenho da palavra para reproduzir sua idéia ou seu significado. Trata-se de um recurso muito utilizado modernamente nas técnicas de comunicação comercial. 

 Observação:
               Como o interesse lingüístico recai unicamente nos tipos de linguagem baseados na palavra humana, em todas as passagens em que usarmos a palavra “linguagem”, estaremos nos referindo unicamente à palavra humana.

Língua
             É  um subconjunto da linguagem: a linguagem abrange todos os seres humanos de nosso planeta, enquanto a língua envolve apenas uma parte desses seres.
Pode-se definir a língua como um código ou sistema, em que são encontrados todos os signos e todas as possibilidades articulatórias desses signos, residindo tal sistema no cérebro de cada indivíduo falante.

Fala
              É uma realização individual e momentânea da língua. Quando alguém fala ou escreve, está, na verdade, escolhendo, entre todos os signos conhecidos, apenas alguns; entre todas as regras de combinação (concordância, regência, colocação], apenas algumas. E, enquanto fala, transforma em concreto (som, letra) algumas palavras e regras, ao passo que deixa em abstrato, ou seja, em língua, todas as outras palavras e regras que não são utilizadas. Por isso, diz-se que o ato da fala é uma concretização da língua.

 Conclusão:
LINGUAGEM - é qualquer forma de manifestação comunicativa.
LÍNGUA - é um código em que há um sistema organizado de signos vocais e escritos que obedecem a determinadas leis combinatórias. As línguas diferenciam-se entre si porque são diferentes as suas unidades (signos) e as suas leis de comunicação.
FALA - é a utilização individual, particular e concreta da língua.
          Lembremos, finalmente, que a unidade lingüística (a  palavra) apresenta duas faces:
a) a face material —  SIGNIFICANTE: representada pelos sons (língua falada) ou pelas letras (língua
    escrita).
b) a face imaterial —  SIGNIFICADO : imagem mental (ou conceito) que os sons e as letras transmitem.
                     Essas duas faces reunidas recebem o nome de SIGNO.
Ex.: VACAS:      significante — V - A - C - A - S
        (signo)        significado “animal mamífero, quadrúpede, etc., no plural”.

                                            Denotação  e  Conotação
                   Embora todo signo linguistico possua um só  significante, ele poderá, dependendo do contexto, apresentar mais de um significado.
       Sempre que uma palavra evoca seu significado mais comum, aquele que compreendemos imediatamente, estará ocorrendo denotação.
                Quando, ao contrário, a palavra ou o texto evocar sentidos diversos daquele mais convencional, a que estamos habituados, terá ocorrido conotação.
Ex.:  a) No incêndio do supermercado explodiu um bujão de gás.       Texto  denotativo
         b) Seu coração explodiu num incêndio de amor.                          Texto conotativo.
                Se perguntarmos a alguém que fale nossa língua qual o significado de “chave”, o primeiro pensamento que talvez lhe ocorra seja “uma peça de metal que abre fechadura”, pois esse é o significado mais usual, é o primeiro significado, é o significado denotativo. É o significado ligado principalmente a experiências coletivas.
        Contudo, o emissor, ao elaborar sua mensagem, ao realizar seu ato de fala, freqüentemente dá asas à criatividade e, inserindo o signo em determinado contexto, modifica, amplia ou reduz seu significado, o que equivale a dizer que o emissor deixa de lado o significado denotativo, passando a usar a conotação ou significado secundário, periférico.
Contexto 1 - Perdi a chave de minha mala.
Contexto 2 - Esta é a chave do sucesso.
Contexto 3 - Ele encerrou o poema com chave de ouro.
               Observe que, dentre os três contextos acima, em apenas um (o primeiro) a palavra destacada está usada com sentido denotativo, ao passo que nos contextos dois e três são ressaltados os sentidos conotativos. Veja:
Contexto 1 -  “chave” significa “instrumento de metal” denotação.
Contexto 2  -  “chave” significa “segredo, solução” conotação.
Contexto 3 - “chave” significa “fecho, término” conotação
                Com base em tais dados, conclui-se que denotação é o significado mais objetivo, é o significado de primeira linha, o dicionarizado, enquanto conotação é o significado subjetivo, secundário, periférico, bastante ligado às experiências pessoais. “Conotação”, em outras palavras, é produto da linguagem figurada.
                                                    Polissemia e monossemia
           “Sema” é uma unidade de significado. “Poli” significa “muitos”, “vários”.
          Polissemia significa “vários significados”. Diz-se que uma palavra é polissêmica quando é capaz de despertar mais de um significado denotativo, indiferentemente às conotações.
       Podem-se criar várias frases em que a palavra “manga” assume diversos significados denotativos.
a) A manga do seu vestido está rasgada. (denotação)
b) Esta mangueira dá excelentes mangas. (denotação)
c) Preparemo-nos para atacar pelos flancos a manga inimiga. (denotação)
         Em cada um dos três exemplos citados, a palavra manga é monossêmica. No dicionário, são: quatro palavras “manga” diferentes que, por acaso, se escrevem da mesma forma. Trata-se homônimos perfeitos.
     Porém, se um enunciado como “Vivi porque me senti atraído pela manga”, ligado a determinada situação ou contexto, permitir ao ouvinte entendera palavra “manga” com mais de um significado denotativo, aí ocorrerá o fenômeno da polissemia.
       Por tudo que se viu, infere-se que a significação de uma palavra ou de um signo só se define em relação ao contexto em que se encontra, e que a polissemia sempre é ditada pela situação ou contexto, tanto quanto a monossemia.

              

terça-feira, 17 de março de 2015

Revisão 9º ANO 1º bimestre -

 EEB BOM PASTOR Revisão 9º ANO 1º bimestre - Profª Romi

LINGUAGEM: é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si.


INTERLOCUTORES: são as pessoas que participam do processo de interação que se dá por maio da linguagem.

LINGUA: é um conjunto de sinais (palavras) e de leis combinatórias por meio do qual as pessoas de uma comunidade se comunicam e interagem.

CODIGO: é um conjunto de sinais e regras utilizados por uma comunidade.

ONOMATOPÉIAS: são palavras ou expressões que imitam sons e ruídos.

VARIEDADES LINGUÍSTICAS: são as variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, culturais e regionais nas quais é utilizada.

ENUNCIADO: é tudo o que o locutor enuncia, isto é, tudo o que ele diz ao locutário numa determinada situação.

TEXTO: é um enunciado ou um conjunto de enunciados, verbais e não verbal, que apresenta unidade de sentido.

DISCURSO: é o processo comunicativo capaz de construir sentido. Além dos enunciados, envolve também os elementos do contexto (quem são os interlocutores, que imagem um tem do outro, em que momento e lugar ocorre a interação, com que finalidade, etc.).

INTENCIONALIDADE  DISCURSIVA: são  as intenções, implícitas, exigentes no discurso.

GÊNEROS DO DISCURSO: são textos que circulam em determinadas esferas de atividades humanas e que, com pequenas variações, apresentam tema, estrutura e linguagem semelhantes.

Conhecer os verbos de comando é fundamental para que você possa interpretar de maneira adequada às questões propostas a partir dos enunciados. Estes são alguns.
Estude-os atentamente e em caso de dúvidas, recorra à professora durante as aulas.
Afirmar: Apresentar, declarar os pontos principais de um assunto.
Aplicar: Empregar o conhecimento em situações específicas e concretas
Apontar: Indicar, mostrar.
Citar: Apontar, mencionar como exemplo.
Comentar: Comentário é a descrição dos elementos e dimensões constitutivas de fenômenos, idéias ou textos. Nele, revelam-se aspectos positivos/      negativos, com base em algum juízo de valor. Um comentário ganha consistência quando tenta esclarecer pormenores que muitas vezes passam despercebidos. Para aprimorar os comentários é importante desenvolver o sentido de fidelidade ao observado e à logicidade interna, dimensões que lhe dão consistência.
Conceituar: Definir com suas palavras.
Confrontar: pôr frente, comparar.
Contradizer: Contestar, ir contra, dizer o contrário.
Dissertar: Expor determinado assunto com argumentação própria.
Deduzir (Inferir): Tirar conclusões, raciocinar a partir da análise de dados fornecidos do texto.
Endossar: Argumentar favoravelmente.
Expor: Narrar, explicar.
Refutar: Argumentar contrariamente.
Relatar: Mencionar, descrever.
Resolver: Efetuar, dar solução

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Filme: Snowden - O TRIUNFO para a turma 9º Ano

Dica de filme

A dica de filme desta semana é A História de Ron Clark – O Triunfo



 
Sinopse: Snowden, escola de 1º grau, Aurora, Carolina do Norte, 1994. Ron Clark (Matthew Perry) é um professor temporário, que experimenta um misto de nervosismo e ansiedade ao aguardar o momento de começar no emprego. Mas, antes mesmo de iniciar, demonstra uma rara sensibilidade ao saber se aproximar de um garoto que tinha sido colocado em um castigo humilhante por outro professor. Após 4 anos, os métodos de Clark se mostraram mais do que eficientes, pois classificou sua classe em 1º lugar do município pelo 4º ano seguido. Como uma singela forma de reconhecimento, para se sentir mais permanente, lhe deram uma vaga no estacionamento, inclusive com seu nome gravado. Porém ele quer algo mais da vida e, assim, fala para seus pais que deixará o lugar, antes que usem a vaga como seu túmulo. Sonhando grande, ele vai a Nova York, mesmo sabendo que lá encontrará desafios bem maiores. Ele pretende ser professor no Harlem, apesar de dizerem que tem a "cor errada". Ron tenta inutilmente encontrar emprego como professor e, para ter alguma renda, consegue um emprego de garçom. Ao passar na porta da Inner Harlem, uma escola de 1º grau, vê um professor se atracando com um aluno. Este fato faz com que o professor peça demissão e Clark consiga o emprego. Mas, para a surpresa do diretor, Ron quer ser professor da pior turma do colégio. Ninguém sabia, mas ele estava rescrevendo não apenas a sua história, mas também a de várias outras pessoas.

LITERATURA DE INFORMAÇÃO

LITERATURA DE INFORMAÇÃO

A Carta a EL-rei d.Manuel é o primeiro de uma serie de textos sobre o Brasil, é um real registro do nascimento do Brasil. Nela são contados os primeiros contatos entre portugueses e nativos, as primeiras povoações em terras brasileiras, que não fossem índios,mas sim europeus. São obras escritas nesta época, quase sempre sem intenções artísticas,o objetivo delas eram informar a sociedade européia como estava sendo o trabalho e vida nas colônias recém-descobertas. Eram de grande importância porque registravam as condições de vida e a mentalidade dos primeiros colonizadores e habitantes das novas terras. Por isso que estes textos passaram a ser chamados de Literatura informativa sobre o Brasil. Além disso houve também a literatura dos jesuítas, esta com um objetivo mais religioso.
Os autores de destaque foram:
Pero Vaz de caminha e Padre José de Anchieta.
A carta de pero Vaz de Caminha possui um grande valor histórico, mas um duvidoso valor literário já que sua carta teve o objetivo de informar a situação encontrada na nova terra.
Os dois grandes interesses presentes na carta de Caminha são:
- Interesse material (ouro e prata).
- Interesse espiritual (catequese dos índios).
- Descrição da flora, fauna e a geografia tanto dos nativos, como da própria terra.
Agora tem-se alguns trechos da “carta a El-rei Dom Manuel”, por Pero Vaz de Caminha:
“E neste dia, a hora de véspera, houvemos vista de terra, isto é, primeiramente d’um grande monte, mui alto e redondo, e d’outras serras mais baixas a sul dele e de terra chã com grandes arvoredos, ao qual monte alto o capitão pôs nome o Monte Pascoal e a terra a terra de Vera Cruz.
E dali houvemos vista d’homens, que andavam pela praia, de 7 ou 8, segundos os navios pequenos disseram, por chegarem primeiro.(...) A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como tem em mostrar o rosto.
Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem nenhuma cousa de metal, nem de ferro; nem olho vimos. A terra, porém, em si, é de muito bons ares, assim frios e temperados como os d’Antre Doiro e Minho, porque neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.”

A literatura Quinhentista foi uma continuação da literatura portuguesa.
A literatura dos viajantes está baseada nas cartas, crônicas, relatório, documentos, enviados pelos padres, colonos, viajantes e aventureiros que falaram da flora, da fauna, da geografia e dos usos e costumes dos índios.
Os colonizadores portugueses esperavam encontrar no Brasil as mesmas condições que os tornaram ricos com a exploração das índias. Os europeus ainda tinham em mente o mito do “Eldorado, a cidade de ouro”, uma região de incríveis riquezas, onde haveria pouco trabalho braçal e muito lucro. Este tipo de pensamento fez com que o colonizador português não se apegasse a terra e com isso o tratamento dado a ela foi de maneira agressiva, com o único objetivo de tirar toda a riqueza dela, sem medir as conseqüências. O pensamento do colonizador era somente um: enriquecer logo para poder voltar para Portugal rico.
A princípio no Brasil a fonte de renda para os colonizadores era o pau-brasil, embora tivesse um importante valor no mercado de negócios, não chegava a se igualar aos preciosos recursos do Oriente. Somente em 1532, aproveitando-se do preço compensador do açúcar, os portugueses iniciaram o cultivo do açúcar em terras brasileiras, auxiliados pelo trabalho escravo. No entanto, a Carta e os outros textos produzidos no início da colonização queriam apenas enaltecer exageradamente a terra e a fertilidade do solo, sem na verdade ter uma real analise da situação. Esse tipo de pensamento em relação ao Brasil sempre contribuiu para certos para equívocos prejudiciais que atrasaram o desenvolvimento da região. No Brasil ou em qualquer outro lugar, sempre será necessário muito trabalho, esforço e planejamento, só assim “dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem”, como escreveu Pero Vaz de Caminha em sua carta a D.Manuel.

LITERATURA DOS JESUÍTAS
A carta que o padre Manuel da Nóbrega escreveu, descrevendo a chegada da primeira missão jesuítica no Brasil, por ele chefiada, em 1549, inaugurou a literatura informativa dos jesuítas no Brasil, já que eles contribuíram em muito nesta parte da literatura.
O maior representante deste tipo de literatura entre os jesuítas foi o padre José de Anchieta.
José de Anchieta (1534-1597) nascido numa das ilhas Canárias e chegou ao Brasil em 1553; assim que chegou colaborou com Manuel da Nóbrega na fundação de um colégio em Piratininga, vilarejo que daria origem a cidade de São Paulo.
Além disso, ele escreveu cartas, sermões, poesias e peças teatrais, utilizou os idiomas: latim, Tupi e português, em suas obras onde teve uma grande influência missionária.

POESIA
Anchieta utilizava em suas poesias as antigas medidas, ou seja, versos de cinco ou sete sílabas nos cancioneiros medievais. Anchieta também escreveu poemas de sentido religioso, com versos fáceis de serem cantados em cerimônias da igreja. Na verdade eram poesias essencialmente ingênuas, com conteúdo simples, mas direto, sem muita complexidade para poder ser bem aceito e entendido na sociedade européia, pois era ela que patrocinava as expedições e viagens.

TEATRO
Também com a intenção de catequizar os índios, impor os conceitos europeus a eles, Anchieta foi o introdutor do teatro no Brasil. Suas peças seguiam as tradições dos teatros medievais, principalmente tendo como modelo os autos de Gil Vicente.


RESUMO
A Literatura do Brasil : século XVI
LITERATURA INFORMATIVA
- Sobre o Brasil, para os europeus;
- Cartas, realatórios, documentos, mapas;
- Carta de Pero Vaz.
LITERATURA JESUÍTICA
- Informativa em geral;
- Padre Anchieta, seu teatro e poesia.
TEATRO DE ANCHIETA
- Mistura de elementos europeus com a realidade;
- Indígena.