quinta-feira, 19 de março de 2015

Linguagem - Língua - Fala

LINGUAGEM - LÍNGUA - FALA

Linguagem        
       A linguagem é o resultado da capacidade comunicativa dos seres. É um instrumento que o emissor utiliza para transmitir mensagens. Existem vários tipos de linguagem:
Linguagem mímica
       É a linguagem dos gestos, a expressão facial e corporal.
Linguagem cromática ou das cores
      Observando-se uma pintura em que sobressaem cores claras e brilhantes, experimenta-se uma sensação diferente da despertada por um quadro predominantemente escuro e opaco. Tais diferenças no sentir são provocadas pela linguagem cromática.
Linguagem plástica ou das formas
      Olhando-se, atentamente, para uma escultura ou uma obra arquitetônica, observa-se que as formas longas, finas ou estreitas despertam, no observador, sensações diferentes daquelas provocadas por formas curtas, grossas ou largas.
Linguagem musical ou dos sons e ritmos
       O ato de ouvir uma música de tom predominantemente alto e ritmo acelerado certamente envolverá o ouvinte com sensações diversas daquelas provocadas por outra música em tom baixo e ritmo lento. As cantigas de ninar, por exemplo, produzem efeitos bem diferentes das músicas de carnaval.
Linguagem falada
                 É produzida pela articulação de sons humanos.
Linguagem escrita
                    É realizada pela articulação dos sím bolos gráficos, chamados letras e ideogramas.
Linguagem iconográfica
                 É a arte de representar por meio da imagem (desenho, foto e outros]. Na Literatura, usa-se o desenho da palavra para reproduzir sua idéia ou seu significado. Trata-se de um recurso muito utilizado modernamente nas técnicas de comunicação comercial. 

 Observação:
               Como o interesse lingüístico recai unicamente nos tipos de linguagem baseados na palavra humana, em todas as passagens em que usarmos a palavra “linguagem”, estaremos nos referindo unicamente à palavra humana.

Língua
             É  um subconjunto da linguagem: a linguagem abrange todos os seres humanos de nosso planeta, enquanto a língua envolve apenas uma parte desses seres.
Pode-se definir a língua como um código ou sistema, em que são encontrados todos os signos e todas as possibilidades articulatórias desses signos, residindo tal sistema no cérebro de cada indivíduo falante.

Fala
              É uma realização individual e momentânea da língua. Quando alguém fala ou escreve, está, na verdade, escolhendo, entre todos os signos conhecidos, apenas alguns; entre todas as regras de combinação (concordância, regência, colocação], apenas algumas. E, enquanto fala, transforma em concreto (som, letra) algumas palavras e regras, ao passo que deixa em abstrato, ou seja, em língua, todas as outras palavras e regras que não são utilizadas. Por isso, diz-se que o ato da fala é uma concretização da língua.

 Conclusão:
LINGUAGEM - é qualquer forma de manifestação comunicativa.
LÍNGUA - é um código em que há um sistema organizado de signos vocais e escritos que obedecem a determinadas leis combinatórias. As línguas diferenciam-se entre si porque são diferentes as suas unidades (signos) e as suas leis de comunicação.
FALA - é a utilização individual, particular e concreta da língua.
          Lembremos, finalmente, que a unidade lingüística (a  palavra) apresenta duas faces:
a) a face material —  SIGNIFICANTE: representada pelos sons (língua falada) ou pelas letras (língua
    escrita).
b) a face imaterial —  SIGNIFICADO : imagem mental (ou conceito) que os sons e as letras transmitem.
                     Essas duas faces reunidas recebem o nome de SIGNO.
Ex.: VACAS:      significante — V - A - C - A - S
        (signo)        significado “animal mamífero, quadrúpede, etc., no plural”.

                                            Denotação  e  Conotação
                   Embora todo signo linguistico possua um só  significante, ele poderá, dependendo do contexto, apresentar mais de um significado.
       Sempre que uma palavra evoca seu significado mais comum, aquele que compreendemos imediatamente, estará ocorrendo denotação.
                Quando, ao contrário, a palavra ou o texto evocar sentidos diversos daquele mais convencional, a que estamos habituados, terá ocorrido conotação.
Ex.:  a) No incêndio do supermercado explodiu um bujão de gás.       Texto  denotativo
         b) Seu coração explodiu num incêndio de amor.                          Texto conotativo.
                Se perguntarmos a alguém que fale nossa língua qual o significado de “chave”, o primeiro pensamento que talvez lhe ocorra seja “uma peça de metal que abre fechadura”, pois esse é o significado mais usual, é o primeiro significado, é o significado denotativo. É o significado ligado principalmente a experiências coletivas.
        Contudo, o emissor, ao elaborar sua mensagem, ao realizar seu ato de fala, freqüentemente dá asas à criatividade e, inserindo o signo em determinado contexto, modifica, amplia ou reduz seu significado, o que equivale a dizer que o emissor deixa de lado o significado denotativo, passando a usar a conotação ou significado secundário, periférico.
Contexto 1 - Perdi a chave de minha mala.
Contexto 2 - Esta é a chave do sucesso.
Contexto 3 - Ele encerrou o poema com chave de ouro.
               Observe que, dentre os três contextos acima, em apenas um (o primeiro) a palavra destacada está usada com sentido denotativo, ao passo que nos contextos dois e três são ressaltados os sentidos conotativos. Veja:
Contexto 1 -  “chave” significa “instrumento de metal” denotação.
Contexto 2  -  “chave” significa “segredo, solução” conotação.
Contexto 3 - “chave” significa “fecho, término” conotação
                Com base em tais dados, conclui-se que denotação é o significado mais objetivo, é o significado de primeira linha, o dicionarizado, enquanto conotação é o significado subjetivo, secundário, periférico, bastante ligado às experiências pessoais. “Conotação”, em outras palavras, é produto da linguagem figurada.
                                                    Polissemia e monossemia
           “Sema” é uma unidade de significado. “Poli” significa “muitos”, “vários”.
          Polissemia significa “vários significados”. Diz-se que uma palavra é polissêmica quando é capaz de despertar mais de um significado denotativo, indiferentemente às conotações.
       Podem-se criar várias frases em que a palavra “manga” assume diversos significados denotativos.
a) A manga do seu vestido está rasgada. (denotação)
b) Esta mangueira dá excelentes mangas. (denotação)
c) Preparemo-nos para atacar pelos flancos a manga inimiga. (denotação)
         Em cada um dos três exemplos citados, a palavra manga é monossêmica. No dicionário, são: quatro palavras “manga” diferentes que, por acaso, se escrevem da mesma forma. Trata-se homônimos perfeitos.
     Porém, se um enunciado como “Vivi porque me senti atraído pela manga”, ligado a determinada situação ou contexto, permitir ao ouvinte entendera palavra “manga” com mais de um significado denotativo, aí ocorrerá o fenômeno da polissemia.
       Por tudo que se viu, infere-se que a significação de uma palavra ou de um signo só se define em relação ao contexto em que se encontra, e que a polissemia sempre é ditada pela situação ou contexto, tanto quanto a monossemia.

              

terça-feira, 17 de março de 2015

Revisão 9º ANO 1º bimestre -

 EEB BOM PASTOR Revisão 9º ANO 1º bimestre - Profª Romi

LINGUAGEM: é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si.


INTERLOCUTORES: são as pessoas que participam do processo de interação que se dá por maio da linguagem.

LINGUA: é um conjunto de sinais (palavras) e de leis combinatórias por meio do qual as pessoas de uma comunidade se comunicam e interagem.

CODIGO: é um conjunto de sinais e regras utilizados por uma comunidade.

ONOMATOPÉIAS: são palavras ou expressões que imitam sons e ruídos.

VARIEDADES LINGUÍSTICAS: são as variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, culturais e regionais nas quais é utilizada.

ENUNCIADO: é tudo o que o locutor enuncia, isto é, tudo o que ele diz ao locutário numa determinada situação.

TEXTO: é um enunciado ou um conjunto de enunciados, verbais e não verbal, que apresenta unidade de sentido.

DISCURSO: é o processo comunicativo capaz de construir sentido. Além dos enunciados, envolve também os elementos do contexto (quem são os interlocutores, que imagem um tem do outro, em que momento e lugar ocorre a interação, com que finalidade, etc.).

INTENCIONALIDADE  DISCURSIVA: são  as intenções, implícitas, exigentes no discurso.

GÊNEROS DO DISCURSO: são textos que circulam em determinadas esferas de atividades humanas e que, com pequenas variações, apresentam tema, estrutura e linguagem semelhantes.

Conhecer os verbos de comando é fundamental para que você possa interpretar de maneira adequada às questões propostas a partir dos enunciados. Estes são alguns.
Estude-os atentamente e em caso de dúvidas, recorra à professora durante as aulas.
Afirmar: Apresentar, declarar os pontos principais de um assunto.
Aplicar: Empregar o conhecimento em situações específicas e concretas
Apontar: Indicar, mostrar.
Citar: Apontar, mencionar como exemplo.
Comentar: Comentário é a descrição dos elementos e dimensões constitutivas de fenômenos, idéias ou textos. Nele, revelam-se aspectos positivos/      negativos, com base em algum juízo de valor. Um comentário ganha consistência quando tenta esclarecer pormenores que muitas vezes passam despercebidos. Para aprimorar os comentários é importante desenvolver o sentido de fidelidade ao observado e à logicidade interna, dimensões que lhe dão consistência.
Conceituar: Definir com suas palavras.
Confrontar: pôr frente, comparar.
Contradizer: Contestar, ir contra, dizer o contrário.
Dissertar: Expor determinado assunto com argumentação própria.
Deduzir (Inferir): Tirar conclusões, raciocinar a partir da análise de dados fornecidos do texto.
Endossar: Argumentar favoravelmente.
Expor: Narrar, explicar.
Refutar: Argumentar contrariamente.
Relatar: Mencionar, descrever.
Resolver: Efetuar, dar solução