sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A segunda geração do Romantismo

 A segunda geração do Romantismo

 A segunda Geração A segunda geração do Romantismo tem seus traços mais facilmente identificáveis no campo da poesia e seu marco inicial é dado pela publicação da poesia de Álvares de Azevedo, em 1853. Em vez do índio, da natureza e da pátria, ganham ênfase a angústia, o sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila entre a sensualidade e a idealização, entre outros temas de grande carga subjetiva. Exemplares desse período são as obras de Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo.
 O início A publicação do livro Poesias, de Álvares de Azevedo, em 1853, é considerada por parte da crítica como marco inicial da segunda geração do Romantismo no Brasil. Essa geração, cujos maiores expoentes são Álvares de Azevedo, Fagundes Varela e Casimiro de Abreu, tem a marca do ultra-romantismo. A angústia, o sofrimento, a dor existencial, o amor que oscila entre a sensualidade e a idealização são alguns dos temas de grande carga subjetiva que tomam o lugar do índio, da natureza e da pátria, dominantes na geração anterior.
O Grande Inspirador Lord Byron Em meio a toda essa agitação existencial, que se tornou o paradigma do homem romântico que busca a liberdade, Byron escreveu uma obra grandiloquente e passional. Encantou o mundo inicialmente com seus poemas narrativos folhetinescos, em que não faltam elementos autobiográficos, como Childe Harold's Pilgrimage , e depois o assustou com a faceta satírica e satânica que apresenta em poemas como Don Juan . Foi um dos principais poetas ultra-românticos. O cinismo e o pessimismo de sua obra haveriam de criar, juntamente com sua mirabolante vida, uma legião de jovens poetas por todo o mundo, chegando até o Brasil na obra de grandes escritores, como Álvares de Azevedo.
A segunda geração do Romantismo brasileiro foi marcada pela pouca idade dos autores, sendo além de Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela. Os temas principais eram o ultra-romantismo (traços do Romantismo de primeira geração), o egótico (os autores fecham-se em seu próprio mundo, enxergando somente seu próprio mundo, suas dores e sentimentos, numa poesia fuga da realidade e de sonhos), o Byronismo (era um dos grandes ídolos, o autor inglês o Lorde Byron), o spleen (do Inglês, tédio, melancolia), o mal do século (nesse século a doença de tuberculose matava muitas pessoas, porém a morte era vista como fuga para os problemas da vida), a poesia de adolescentes (Muitos autores eram jovens, e boa parte morreram jovens, nisso os textos falavam de sonhos adolescentes, e a saudade da infância) e pro último a poesia de hospital (os textos eram melancólicos, como morte em frequência).
Nessa época a visão dos autores sobre o mundo vinha da Europa, como a frustração após a revolução da burguesia na Europa, mas como no Brasil não havia uma burguesia significante e concentra em certos pontos do país, além de não haver aqui nenhuma revolução burguesa não havia sentido essa frustração nos jovens escritores brasileiros.
Entre as características da segunda geração foram: o pessimismo (atitude de insatisfação da vida, tédio e melancolia); morbidez (a morte era vista como solução aos problemas); o satanismo (o demônios e o inferno apareciam com frequência, como continuação da dor vida na Terra); o Mistério (a preferência a lugares misteriosos, fúnebres, escuros etc).


2ª Geração
Ultra-Romântica ou Mal do Século
Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela
Características: Egocentrismo, sentimentalismo exagerado, morte, tristeza, solidão, tédio, melancolia, subjetivismo, idealização da mulher.

Álvares de Azevedo
Nasceu em São Paulo em 1831, com dezesseis anos recebeu o diploma de bacharel em Letras, na Faculdade de São Paulo, fundou a revista “Ensaio Filosófico”, dedicou-se na poesia romântica européia, influenciado principalmente pelo lorde Byron e do Satanismo. Era muito sonhador, boêmio e doentio. Morreu no Rio de Janeiro, após uma mal sucedida cirurgia para retirar tumores, com 21 anos ainda incompletos.
Sendo o principal representante da segunda geração do Romantismo do Brasil, porém este foi um título póstumo (morreu em 1851 e deu origem a segunda geração do romantismo com suas poesias em 1853). Tinha em seus textos figuras femininas, de mãe, irmã (a virgem irreal e idolatrada) e da prostituta. E outra característica vai para o cotidiano dos estudantes.
Em seus trabalho haviam imperfeições talvez pela sua imaturidade, mas há também grandes qualidades como a formalidade. Suas principais obras foram Macário, Noite de Taverna e o Poema do Frade.
Casimiro José Marques de Abreu
Nasceu em 1839 em São João da Barra ou Capiviri no Rio de Janeiro, tem o pai um rico comerciante e fazendeiro português, seguiu para Lisboa e lá começou sua carreira literária aos seus 17 anos trabalhando na impressa portuguesa. Regressa ao Brasil em 1859 e publica sua obra “As Primaveras”, que faz grande sucesso e logo após isso morre em Nova Friburgo ou Idaiaçu abas no Rio de Janeiro.
Sua obra é pequena e explora temas como a saudade da infância, amor á pátria\natureza, e temas adolescentes sobre tristeza. Suas poesias mais conhecidas foram Meus oito anos, Amor e Medo, e a Canção do Exílio.
Nasceu em 1832 em Salvador, teve um pai que era alcoólatra, tinha dúvidas e ilusões em sua vida. Em 1851 ingressou na ordem dos beneditinos, lugar onde tornou-se monge beneditino, também foi lá que arranjou inspiração para fazer suas obras, tendo como características: problemas sociais, religiosos e líricos. Tinha incertezas sobre a religião. Morreu de doença cardíaca em 1855, um ano após deixar sua obra “Inspirações do Claustro”.
Luís Nicolau Fagundes Varela
Nasceu em 1841 em Rio Claro (São Paulo) e morreu em Niterói-RJ em 1875, seus estudos de base foram irregulares, talvez pela instabilidade profissional de seu pai que era juiz de paz. Conhecido como o “poeta maldito”, cassou com uma artista de circo e com ela teve um filho que morreu aos três meses de idade. Foi para o Recife para continuar seus estudos, porém regressou a São Paulo após saber da morte da sua esposa, casou-se de novo e teve outros filhos, mas não deixou a vida boêmia e as bebedeiras.
Este poeta sofria influências de outros poetas como Gonçalves Dias (indianismo), Álvares de Azevedo (subjetivismo e byronismo) e Casimiro de Abreu (subjetivismo e byronismo), nisso ele perdia a originalidade, deu continuidade às obras inacabadas de outros autores.
Suas principais obras foram: Noturnas (1861), O estandarte de Auriverde (1863), Cantos religiosos (1878) e Diário de Lázaro (1880), suas obras marcaram a transição da segunda geração para a terceira geração do Romantismo do Brasil.




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